Mãe, você não precisa me amar
(texto e ilustração de Kau Mascarenhas)
Gestar, parir, amamentar.
A você foram apresentadas essas obrigações biológicas.
Ofertar sem querer nada em troca.
A você foi lançada essa maldição moral.
Amar muito sem exigir presença.
A você foi proposto esse desafio emocional.
Gostar de todos os filhos da mesma maneira.
A você foi imposta essa condição desumana.
Viver colocando a própria vida em segundo lugar.
A você foi direcionada essa responsabilidade ilógica.
Que amor improvável o mundo lhe cobra...
Hoje meu presente a você é dizer-lhe que não precisa me
amar. Que esse amor aconteça simplesmente, se tiver que acontecer.
Que seu amor seja fácil, doce, tão espontâneo como o abrir
da flor, o cair da chuva, o fluir das estações.
Quero dizer que exigir de você qualquer amor para seus filhos
é condenar esse sentimento a perder o sentido.
Meu presente é o meu próprio amor feito com a liberdade que
lhe ofereço de nem precisar me amar para ser amada por mim.
E saiba que a cada momento em que demonstrar amor por si
mesma, estarei vibrando, feliz.
Tenha sonhos, cresça, aprenda, cure-se, faça, não faça,
viva, seja, vá além do papel de mãe.
Quem vive apenas num papel vive pouco. E uma vida pequena é
um arremedo de vida.
Você merece mais.
Mãe, você nasceu para ser mais que mãe.
O universo a impulsiona e pede sua plenitude. E eu estou na torcida.
Desde antes e até sempre.
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Mude sua vida. Conheça PNL
Novas turmas.
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